segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Sementes do Terebinto 20 de setembro de 2014.


Terebinto     



Diante da correria da vida profissional e mesmo das atividades da nossa caminhada no Terebinto não raro, sentimos nosso  coração pesar. Fazemos tantas coisas ao mesmo tempo que muitas vezes  não tiramos proveito, em outras ocasiões, rezamos mas não sentimos nada, com risco de cair no vazio da rotina, tão absorvidos estamos com a correria e com os nossos deveres. 
Não estou dizendo que sempre temos de sentir alguma coisa, não se trata disso. Mas ressalto a importância em realizarmos qualquer ação  com nosso coração aberto a tudo que o Senhor quer nos manifestar e dessa forma a  estarmos prontos a dar o melhor para o irmão. Monsenhor Jonas Abib nos ensina que devemos nos doar inteiramente  àquilo que estamos fazendo no momento. Ora, só seremos capazes de dar o nosso melhor se estivermos dando a Deus o nosso Ser por inteiro. É nossa vida de oração que nos leva a essa abertura com Deus. E no Terebinto esse caminhar para se aproximar mais do Senhor se faz pela vivência das cinco pedrinhas.

Depois de vivenciar o retiro do Terebinto em Brasília em setembro desse ano (2014) voltei pra casa pensando no que as palestras serviram pra minha vida. Fui um dos palestrantes e é gratificante poder passar às pessoas aquilo que de bom alcançamos com a graça de Deus, mas a proposta do retiro foi ir para águas mais profundas e me questionava o quanto tenho feito pra  avançar na espiritualidade. Isso me preocupa, pois sei das minhas misérias e também que  se as pessoas que estão a frente de uma obra não viverem o que Deus pede, essa obra não vai adiante. É uma responsabilidade e tanto. 

Se tua oração não muda a ti, mude sua oração.

Essa frase, aprendida quando de uma peregrinação à Medjugorje sempre volta a minha mente nos momentos de estagnação, ou de deserto, quando não sei que direção seguir. Porque a oração tem que promover mudanças em nós. E se não promove, algo estamos fazendo errado e é hora de mudar a  maneira de rezar!  

Foi então, passado o retiro em Brasília,  me dei conta que havia saído do jardim e tinha retornado ao deserto. Deparei-me comigo,  percebendo minha falta de zelo nas coisas de Deus, Rosário mal rezado, poucas Missas na semana, jejum à meia boca, meu descaso com leitura da Palavra e até uma demora em buscar a confissão. Pensando bem, não fiz por mal, mas muitas vezes fui levado a essa situação, por estar absorvido pelas atividades diárias que tem lá sua importância, mas cujas preocupações nos fazem perder o sabor pela oração. Escravizados pelas coisas do mundo  ficamos cheios de preocupações, cheios de si e vazios de Deus. Aí, chegamos pro Rosário em grupo no final de semana e parece que a oração não flui como deveria, há um peso no ar, o combate é mais difícil. Justamente porque não vivemos as pedrinhas não estamos preparados como deveríamos para beber as graças do céu.  Sabem aquela sensação de nadar sem sair do lugar? Pois é. E assim,voltando ao inicio desse texto,  é difícil estar plenamente abertos ao que o Senhor quer  falar para o grupo se não houver dedicação diária, priorizando a qualidade na relação com  Deus. A começar em mim. E cada um pode se questionar também onde pode melhorar. 

A falta da vivência das pedrinhas, por causa dos nossos tradicionais altos e baixos, é um fator de risco para o  esfriamento na fé e uma brecha onde entra o inimigo, com suas ardilosas inspirações que podem nos levar à ruína do pecado. Mas mesmo nessas horas de altos e baixos não podemos parar. É preciso seguir adiante.

 Entendo que para chegar às águas mais profundas precisamos passar pela rebentação, isto é, onde as ondas batem quando adentramos no mar, local onde as águas são mais agitadas. Deus não chamou ao Terebinto pessoas perfeitas. Mas Ele nos confiou à Nossa Senhora para que ela nos anime e nos ensine a seguir em frente no caminho da santidade.
Nesse sentido comecei adotar algumas práticas para mudar minha oração, afim de que uma oração melhor leve-me a uma conversão mais profunda. Por exemplo, comecei a rezar o rosário diário, em voz alta, pra evitar a dispersão. Às vezes, a luta na oração é tão grande que dá vontade de parar. Num desses dias tive uma resposta maravilhosa. Foi quando durante o rosário Nossa Senhora veio e falou no meu coração: ¨Filho, quem reza o Rosário, não peca. Quem reza o Rosário não comete pecado mortal. “
 
Uma simples intervenção da nossa mãe reascendeu em mim a vontade de ir em frente, de renovar-me. Gente, o Rosário bem rezado é certeza de salvação. Não por ele em si mesmo, mas pelos frutos que alcançamos do Senhor, frutos  de conversão e mudança de coração e de vida.
O Rosário foi por onde começou o Terebinto e é por onde tudo  se renasce e fortalece  nessa espiritualidade. Nos momentos de desanimo e tribulação os  membros do Terebinto vão ao deserto, sofrem a poda e renascem ainda mais pujantes. 

Foi a  partir desse momento especial com Nossa Senhora  vivido nesses dias, que outras inspirações do céu foram surgindo.  Como exemplo, menciono a própria criação desse pequeno Blog.  Um espaço  onde as pessoas que Nossa Senhora escolher vão poder tomar ciência da existência do Terebintoum grupo de servos de Maria Santíssima  que intercede pela humanidade, pela humilde, mas poderosa experiência da oração do santo rosário em grupo.

Em síntese,  para ir além é preciso reavaliar-se. Mesmo com desânimo renovar sua oração e enfrentar as lides diárias. Confiantes que a partir da vivência das pedrinhas estaremos aptos a cumprir nossa missão de intercessores da melhor maneira possível. Ainda estava escrevendo essas linhas quando recebi o relato de como foi o nosso grupo de Brasília no último sábado: "foi díficil porque as pessoas estão vacilando nas pedrinhas". Um pequeno sinal, confirmando que o que escrevo agora serve para mais pessoas. 

E assim é feito o Terebinto. Das coisas simples, de pequenos sinais de Deus, do esforço de cada membro, da luta para perseverar na vivência das pedrinhas e da abertura interior ao que o Senhor deseja de nós. Sigamos adiante, rumo às águas mais profundas. 

Salve Maria.

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