quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Santa Teresa d´Ávila


Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.
Levou a termo numerosas fundações, suscitando também muitos ressentimentos, até a ponto de lhe ser temporariamente revogada a licença de reformar outros conventos ou de fundar novas casas. Mestra de místicos e diretora espiritual, mantém correspondência epistolar com o próprio rei Filipe II da Espanha e com os personagens mais ilustres da época. Como, no entanto, era uma mulher prática, ocupava-se das mínimas coisas do convento e não descuidava da parte econômica, pois dizia sabiamente: “Teresa sem a graça de Deus é uma pobre mulher, com a graça de Deus, uma força; com a graça de Deus e muito dinheiro, uma potência.” Teresa escreveu, por solicitação do confessor, a história da sua vida, um livro de confissões.
No prefácio observa: “Eu quisera que, como me mandaram escrever o meu modo de oração e as graças que me deu o Senhor, me concedessem também de contar minuciosamente e com clareza os meus grande pecados.” É a história de uma alma que apaixonadamente luta para subir, sem no começo conseguir. Por isso do ponto de vista humano, Teresa aparece mais próxima de nós, dando-nos a imagem de uma criatura feita de carne e osso, ao contrário da representação berniniana, em que santa Teresa nos aparece excessivamente lânguida. Desde a meninice manifestou um temperamento exuberante (aos sete anos havia fugido de casa para procurar o martírio na África) e tendências antagônicas à vida mística e a atividade prática, organizadora. Duas vezes esteve gravemente enferma. Durante a doença começou a viver algumas experiências místicas que transformaram profundamente a sua vida interior, dando-lhe a percepção da presença de Deus e a experiência de fenômenos místicos descritos por ela mais tarde nos seus livros: O Caminho da Perfeição, Pensamentos sobre o amor de Deus, O Castelo interior. Morreu em Alba de Tormes na noite de 15 de outubro de 1582 e em 1622 foi proclamada santa. Paulo VI, a 27 de setembro de 1970, reconheceu-lhe o título de doutora da Igreja.



Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas
Naquele tempo, disse o Senhor: 42“Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Vós deveríeis praticar isso, sem deixar de lado aquilo. 43Ai de vós, fariseus, porque gostais do lugar de honra nas sinagogas, e de serdes cumprimentados nas praças públicas. 44Ai de vós, porque sois como túmulos que não se veem, sobre os quais os homens andam sem saber”.
45Um mestre da Lei tomou a palavra e disse: “Mestre, falando assim, insultas-nos também a nós!” 46Jesus respondeu: “Ai de vós também, mestres da Lei, porque colocais sobre os homens cargas insuportáveis, e vós mesmos não tocais nessas cargas, nem com um só dedo”.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Testemunho:relato de um jovem que está lutando contra o vício da pornografia

(Relato de um jovem que está lutando contra o vício da pornografia)

Quinta-feira à tarde.

Voltei a cair. Poderia ter evitado? Talvez. Mas muitos pequenos combates são perdidos ao longo de uma batalha. Já tinha acontecido antes, já caí, tudo é como antes, nada mudou.

Sou católico. Acredito que é Deus quem está por trás da minha vida, quem a conduz por caminhos que eu nunca suspeito e que, muitas vezes, não entendo.

Sinto-me muito mal. Falhei com Ele. Ele continua me amando? Como consegue?

Mas olho para trás. Minha salvação está aí. São tantas as vezes que me livrei deste e de outros pecados! São tantas as batalhas que Ele ganhou por mim!

Então, o que fazer agora? Que sentido tem tudo isso? Os pensamentos de autocompaixão de antes eram estúpidos. Estúpidos e falsos. Também o passado me dá uma pista: sempre acabo fazendo minhas todas as vitórias de Jesus Cristo. Parece que tudo depende do que eu faço ou desejo fazer.

Quando não me masturbo ou vejo pornografia, é porque me considero Superman. Ou Supercatólico. Acho que não preciso de Ninguém. No entanto, esta é a minha fraqueza, que me acompanha e na qual se manifesta, antes ou depois, a vitória de Jesus Cristo. A força se manifesta na fraqueza (cf. II Cor 12, 9).

Mas sou católico. Que grande sorte! Transmitiram-me a fé e me ensinaram qual é o engano. O pecado, como diz São Paulo, me coloca no meu lugar, me ensina que sou criatura, não um deus. Ele me dá humildade. É um alicerce sobre o qual construir.

Então, fico em paz, em alegria. O Senhor me espera no sacramento da Penitência. Hoje já é tarde, mas amanhã cedinho irei à igreja. Vou me confessar com o padre que estiver disponível na hora, pois ele representa Jesus.

Quero me encontrar com Cristo, com a absolvição, com a força para seguir lutando. Além disso, depois de me escutar, talvez o sacerdote possa me ajudar, dar um conselho, om consolo, ensinar-me. Que melhor guia espiritual que um padre?

No entanto, com certo temor, lembro de experiências passadas no confessionário. Sempre encontrei a absolvição, mas, pelo que os padres me diziam, não me sentia compreendido. Uns não levavam muito a sério o meu pecado ("É normal", "é um pecado de adolescente"); outros se escandalizavam ("Mas meu filho! Você é pai de família!"); outros acreditaram que era suficiente cumprir penitências "estranhas" (banho frio, por exemplo).

O pior de tudo é que quase ninguém compreendia o núcleo do meu problema. Não era (e não é) somente um pecado, mas algo muito pior: um vício, uma escravidão. Que importante seria ter padres que pudessem não somente administrar os sacramentos e escutar, mas que estivessem preparados e formados para uma forte e carinhosa guia espiritual nestes problemas.

Eles talvez existam, mas eu, admito, encontrei poucos. A pornografia se espalhou pela internet. Muitos padres conhecem o perigo, mas por poucos me senti compreendido e consolado.

No entanto, é verdade que o que importa é a validez do sacramento. Todos os presbíteros são Jesus nesse momento, e todos eles oferecem uma absolvição que me reconcilia realmente com o Espírito Santo. Acho que a guia espiritual terá de ser procurada em outros lugares. Mas como seria bom encontrá-la aqui!

Enfim, hoje vou me confessar contente e com outra expectativa. Ainda que o padre não me escute ou entenda, pelo menos me absolverá. Depois eu procuro um guia espiritual em outro lugar.

Entrei na igreja, fiz o sinal da cruz, me aproximei do confessionário olhando para a cruz. Mas o confessionário estava vazio.

Hoje tampouco encontrei um padre. E isso tem me acontecido muito ultimamente.

Será que já não se pratica mais a confissão?

E agora, o que faço?

(Texto publicado originalmente no blog Porque se Puede)
sources: Porque se puede

Rainha e Padroeira do Brasil



Em 12 de outubro de 1717 chegava o governador de Assumar em Guaratinguetá, SP. A Câmara da Vila notificou então os pescadores que apresentassem todo o peixe que pudessem para o governador. Entre muitos, foram pescar Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso até o porto de Itaguaçu, sem nada pescar. Eis que João Alves lançando a rede de rasto neste porto, tirou o corpo da Senhora, sem cabeça, e, lançando mais abaixo outra vez a rede, tirou a cabeça de mesma Senhora. A imagem encontrada media 38 cm de altura e cor bronzeada. Continuando a pescaria, pescaram muitos peixes e logo perceberam o milagre.
Os pescadores levaram a imagem para as suas casas; alguns sinais milagrosos começaram a acontecer, o que chamou a atenção do Pe. José Alves Vilela, pároco de Guaratinguetá, SP, que decidiu construir uma capela para o crescente número de devotos da Virgem. Entre os grandes milagres conta-se o do escravo, ocorrido em 1790: suas correntes se soltaram das mãos quando ele implorava a proteção de Nossa Senhora Aparecida diante da imagem. Depois esta capela foi substituída por outra maior no morro dos Coqueiros em 1745, morro que tomou o nome de “Aparecida”. Em 1846 foi iniciada a construção de uma igreja maior. Em 1884 a Princesa Isabel doou uma coroa a Nossa Senhora Aparecida para pagar uma promessa feita a Ela, em que pedira, em 1868, um herdeiro para o trono. Sete anos após ter feito o pedido, a princesa Isabel deu à luz D. Pedro de Alcântara. Em 1884 a princesa retornou a Aparecida com a coroa e com os três filhos, D. Pedro de Alcântara, D. Luiz Felipe e D. Antônio. A Coroação aconteceu em 1904.
Em 1930 o Brasil foi solenemente consagrado a Nossa Senhora Aparecida pelo Cardeal D. Sebastião Leme na presença do Presidente da República Washington Luiz. O Brasil era consagrado definitivamente e para sempre a Nossa Senhora. D. Pedro I, o primeiro Imperador, confirmando antiga provisão de Sua Majestade o rei de Portugal do ano de 1646, declarou a Virgem da Conceição Padroeira do Brasil. O Papa Pio XI proclamou Nossa Senhora Aparecida Padroeira principal de todo o Brasil. Aos 16 de julho de 1930 publicava no “Motu proprio”: “(…) por conhecimento certo e madura reflexão Nossa, na plenitude de Nosso poder apostólico, pelo teor das presentes letras, constituímos e declaramos a mui 
Bem-aventurada Virgem Maria concebida sem mancha, sob o título de “Aparecida”, Padroeira principal de todo o Brasil diante de Deus”. No ano de 1980 foi então abençoada a nova e grande Basílica pelo Papa João Paulo II. brasileiro está sob o manto protetor da Mãe de Deus e nossa.
A nova basílica foi concluída em sua parte principal em 1980; tem 23.000 m² e área coberta de 18.000 m². A lotação normal é de 45.000 pessoas, podendo chegar a 70.000 pessoas. É a grande casa da Mãe do povo brasileiro: simples, pobres, ricos, coxos, aleijados, doutores e analfabetos veem ali para pedir a bênção e a proteção de sua Mãe. É comovente ir a Aparecida do Norte e participar de uma Santa Missa, com o povo lotando a enorme Basílica. E o templo está cada vez mais bonito, para a glória de Nossa Senhora; e é o povo mais pobre e humilde que custeia isso com suas doações. É a Casa Santa desse povo de Deus. É ali que Ela nos abençoa.

EVANGELHO DO DIA

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas
Naquele tempo, 29quando as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: “Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. 30Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. 31No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração, e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão. 32No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas”.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014


Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas
Naquele tempo, Jesus estava expulsando um demônio. 15Mas alguns disseram: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios”.
16Outros, para tentar Jesus, pediram-lhe um sinal do céu. 17Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra. 18Ora, se até Satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19Se é por meio de Bel­zebu que eu expulso demônios, vossos filhos os expulsam por meio de quem? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. 20Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus.
21Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. 22Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que roubou.
23Quem não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo dispersa. 24Quando o espírito mau sai de um homem, fica vagando em lugares desertos, à procura de repouso; não o encontrando, ele diz: ‘Vou voltar para minha casa de onde saí’. 25Quando ele chega encontra a casa varrida e arrumada. 26Então ele vai, e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele. E, entrando, instalam-se aí. No fim, esse homem fica em condição pior do que antes”.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014


EVANGELHO DO DIA


Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5"Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: 'Amigo, empresta-me três pães, 6porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer', 7e se o outro responder lá de dentro: 'Não me incomodes! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães'; 8eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário. 9Portanto, eu vos digo: pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. 10Pois quem pede recebe; quem procura encontra; e, para quem bate, se abrirá.
11Será que algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? 12Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? 13Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!"

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

OS GRUPOS DE ORAÇÃO NO MOVIMENTO ESPIRITUAL MARIANO

Fr. Slavko Barbaric, 1996 

I.

É um facto incontornável: numerosos grupos de oração espalhados pelo mundo inteiro, foram fundados pelos peregrinos de Medjugorje, como resposta a um desejo expresso da Virgem. É difícil conhecer o número exacto, mas são milhares (Cf. René Laurentin, Eight years, 1989, Milford, Ohio, The Riehle Foudation, page 56).
 
O primeiro grupo de oração formou-se a 4 de Julho de 1982, um ano depois do início das aparições de Nossa Senhora. Este grupo ainda se encontra activo e é necessário referir-se que se trata de um grupo particular. Segundo o testemunho do Ivan, a Virgem chamou aqueles que desejavam reunir-se para rezar em conjunto, acrescentando que Ela própria estaria com eles de uma maneira especial. A Virgem apelou, igualmente, à criação de grupos de oração em todas as comunidades paroquiais, para que, através da sua oração, pudessem ajudá-La a realizar os planos que o Senhor Lhe tinha confiado. 
 
No início, o grupo reunia-se três vezes por semana no Podbrdo: às segundas, quartas e sextas. Durante a oração, a Virgem aparece e dá breves mensagens. Ivan, Marija e Vicka vêem-n’A, mas só o Ivan pode falar-Lhe e entender as Suas mensagens. Se o Ivan tem qualquer impedimento, é substituído pela Marija e, no caso de esta estar ausente, por Vicka. Por vezes, os encontros reservam-se unicamente ao grupo, constituído por cerca de quarenta pessoas mas, outras vezes, abre-se a todos. Neste últimos tempos, os encontros dão-se duas vezes por semana, às segundas e sextas e, de há pouco tempo, às terças e sextas.  
 
Estes encontros são muito simples: a recitação do Rosário, os cânticos, a leitura da Escritura e as mensagens. Dão-se habitualmente ao ar livre, no Podbrdo e, por vezes, no monte Krizevac, independentemente das condições atmosféricas.
 
Os encontros deste grupo de oração são significativos para os planos que o Senhor confiou a Maria, Sua humilde Serva, mas são igualmente importantes para o crescimento espiritual de cada um dos membros do grupo.
 
À pergunta: “Que significa, para ti, participar no grupo de oração?”, o vidente Ivan respondeu:
“Participar no grupo de oração é muito importante para mim… Eu aprendo a rezar em grupo e não consigo imaginar o meu crescimento espiritual sem o grupo de oração”. 
 

II.

Um segundo grupo de oração foi fundado por Jelena Vasilj em Março de 1983. Nesse tempo, Jelena era uma jovem menina de dez anos que tinha e, que ainda tem, a experiência de locuções interiores. Segundo o seu testemunho, a Gospa fala-lhe e ensina-a. Este grupo reunia-se no salão paroquial, depois da missa vespertina. O grupo era acompanhado pelo Padre Tomislav Vlasic e, de quando em quando, por outros sacerdotes. Durante o encontro – constituído por orações muito simples e por cânticos – a Gospa dava mensagens ao grupo por intermédio de Jelena, ensinando-os a orar.  Um dos três encontros semanais de oração era oferecido pelo bispo local e o outro servia para partilhar experiências. 
 
Este grupo encontrou-se regularmente até 1987. Todos aqueles que queriam pertencer ao grupo deviam comprometer-se a não tomar nenhuma decisão em relação à sua vida durante quatro anos. Quando uma parte do grupo partiu para Itália com o Padre Tomislav Vlasic, todos os que ficaram continuaram ainda a reunir-se durante algum tempo, mas depois cessaram as reuniões. Actualmente, sob a direcção do Padre Tomislav, está a criar-se uma comunidade chamada “Rainha da Paz – completamente Teus – por Maria a Jesus”, e que, em Itália, foi juridicamente reconhecida “ad experimentum”, por um bispo. Tem candidatos, postulantes, noviços, pessoas que já fizeram os seus votos, e um grande número de colaboradores externos fraternidades organizadas como grupos de oração.
Inicialmente, Jelena transmitiu a seguinte mensagem: 
 
A Gospa disse: desejo ter aqui um grupo de oração. Eu guiá-los-ei e darei as regras de consagração. Com estas regras, cada um, no mundo, pode consagrar-se. Reflictam durante um mês, mas transmitam as condições que lhes dou.  
Em primeiro lugar, renunciem a tudo e entreguem-se completamente nas mãos de Deus. Todos devem renunciar a todo o tipo de medo, porque se se abandonarem a Deus, não há lugar para o medo. As dificuldades, que encontrarem, favorecerão o vosso crescimento espiritual e serão para glória de Deus. Convido os jovens, pois as pessoas casadas têm as suas obrigações. Mas todos os que desejam participar neste programa podem segui-lo, mesmo que o façam parcialmente. Eu guiarei o grupo. 
 
Para além destes encontros, a Gospa pediu ao grupo que fizesse Adoração nocturna uma vez por mês, o que grupo fez, habitualmente, na noite do primeiro sábado do mês, concluindo-a com a missa dominical.
 

III.

Depois deste breve resumo dos factos, tentemos responder a uma questão simples: o que é um grupo de oração?
 
Um grupo de oração é uma comunidade de fiéis que se reúnem para orarem uma ou mais vezes por semana ou por mês. É um grupo de amigos que rezam, juntos, o Rosário, que lêem a Sagrada Escritura, que participam na Eucaristia, que se visitam mutuamente, e que partilham as suas experiências espirituais. É sempre aconselhável que o grupo seja acompanhado por um sacerdote, mas se isso não é possível, os seus encontros devem desenrolar-se com simplicidade.
Os videntes sublinham, sempre, que o primeiro e mais importante grupo de oração é, na realidade, a família e que somente na sequência disto, se pode falar de uma verdadeira educação espiritual que encontra a sua continuidade no grupo de oração. Cada membro do grupo deve ser activo, participar na oração e partilhar as suas experiências. Somente assim o grupo pode viver e crescer.
 

IV.

 
O fundamento bíblico e teológico do grupo de oração encontra-se, principalmente, nas palavras de Cristo: 19«Digo-vos ainda: Se dois de entre vós se unirem, na Terra, para pedir qualquer coisa, hão-de obtê-la de meu Pai que está no Céu. 20Pois, onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, Eu estou no meio deles (Mt 18, 19-20)»
 
De facto, o primeiro grupo de oração nasceu durante a primeira novena de oração depois da Ascensão de Cristo, quando a Virgem orou com os Apóstolos, esperando em oração que o Senhor Ressuscitado cumprisse a Sua promessa e enviasse o Espírito Santo, o que realmente sucedeu no dia de Pentecostes (Act 2, 1-5).
 
A Igreja dos primeiros tempos prolongou esta oração, como nos diz S. Lucas nos  Actos dos Apóstolos: 42Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união
fraterna, à fracção do pão e às orações e 44Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum 45Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um. 46Como se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração. 47Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da salvação”.
 

V. 

Existe, certamente, uma razão sociológica subjacente à existência de grupos de oração, particularmente no tempo presente. Cada um deve, individualmente, cuidar do seu crescimento espiritual pessoal mas, por causa da estrutura humana psico-fisiológica, a comunhão com os outros é indispensável para esse crescimento. É particularmente importante nos dias de hoje, em que o ritmo de vida facilmente conduz à perda do indivíduo. O grupo representa um compromisso: ele permite aos membros permanecerem mais facilmente fiéis ao ritmo da oração. O grupo favorece o crescimento espiritual, rectifica-o quando se torna necessário e inspira. A experiência de uns enriquece e ilumina a experiência de outros. Quem permanece sozinho corre o risco de crescer sem nenhum controlo.
 
No seio de um grupo de oração, as dificuldades podem ser mais facilmente superadas: elas transformam-se e podem tornar-se ricas experiências espirituais. O grupo favorece igualmente a explosão de carismas e da sua orientação.
 

VI.

O vínculo entre os grupos de oração mariana e a comunidade paroquial é claro e significativo. No entanto, o grupo não deve jamais afirmar-se como supervisor das actividades litúrgico-pastorais da paróquia. Contudo, existe de facto esta tentação por parte dos grupos que não são bem acolhidos pela equipa pastoral paroquial, algo que não é raro acontecer. Numerosos sacerdotes manifestam, efectivamente, uma certa resistência em relação aos grupos de oração, em geral e, particularmente, aos grupos de oração que nasceram como fruto de Medjugorje. Se não se está atento, estes grupos podem desenvolver um espírito negativo e crítico em relação a tudo aquilo que o pároco da paróquia decide. A consequência é criar-se uma distância e uma marginalização do grupo, que assim se expõe directamente ao perigo de se separar da comunidade paroquial. 
 
Não desejo abordar a problemática da relação entre a comunidade paroquial e o grupo de oração, mas sublinhar, forte e explicitamente, que um grupo de oração de espiritualidade mariana não deve, jamais, deixar-se provocar ou marginalizar: arriscar-se-ia a chegar a limites extremos, a deixar-se levar mais para a esquerda ou para a direita, tornando-se sectarista, o que seria danoso, quer para o grupo, quer para a comunidade paroquial.     
Um outro perigo que muitas vezes se encontra nos grupos de oração mariana é a criação de uma atmosfera apocalíptica ou catastrófica. Estes grupos parecem tudo saber sobre os acontecimentos futuros, as catástrofes e cataclismos e difundem um espírito de medo e de angústia. O seu “conhecimento” é sempre alimentado por uma procura de pessoas que transmitem mensagens deste género. Sucede facilmente que estes grupos sabem muito mais sobre os acontecimentos futuros, do que aquilo que o próprio Jesus nos disse no Evangelho. Um tal espírito catastrófico-apocaliptico é, muitas vezes, alimentado pelos “segredos”, que a fantasia doente transforma em certezas relativas quanto ao futuro.  
 
Se um grupo sucumbe a uma ou a outra destas armadilhas, já não se encontra dentro do espírito mariano. Maria é Mãe e uma mãe nunca espalha o medo ou a angústia no meio dos seus filhos, mas educa-os na paz e na confiança. 
 
O grupo de oração deve, não só, estar ligado ao pároco e à equipa paroquial, como também, deve ser o coração e a alma da cada comunidade paroquial. Os grupos marianos são, por natureza, as “células maternais” das suas comunidades paroquiais que, ao viverem a sua vida de oração, desenvolvem as atitudes maternais da paróquia. 
 
Estas “células maternais” geram novos fiéis convictos, renovam e protegem as famílias, educam os jovens, suscitam vocações e desenvolvem actividades de todo o género: litúrgico-pastorais, mas igualmente, obras de caridade, de serviço aos mais idosos, aos doentes, aos excluídos, aos prisioneiros.  
Tudo isto se resume nas palavras do Papa João Paulo II, escritas na sua Encíclica “O Evangelho e a Vida”: a vida deve ser”respeitada, defendida, amada e deve ser servida” (Cf. O Evangelho e a Vida, 1995, nº5). Os grupos marianos, enquanto “células maternais” da paróquia, agem somente segundo os critérios transmitidos por Jesus e coligidos por S. Mateus no capítulo 25, 31-46 do seu evangelho, onde uma coisa se torna claríssima: as orações, os jejuns, as missas e as confissões devem desenvolver o amor em relação a todos os homens e a coragem de servir o outro e a todos. O espírito e o coração maternos reconhecem as necessidades das crianças e reagem, infatigáveis, para além de todas as leis, para além de todas as regras.
Estes grupos trarão, sem dúvida alguma, à Igreja contemporânea um real renovamento da vida cristã e revelarão a sua verdadeira face que, actualmente, corre o risco de ser completamente desfigurada.  
 

VII.

Resumindo tudo aquilo que a Gospa pediu aos grupos de oração, em Medjugorje, pode dizer-se que, inicialmente, se tratou de uma firme decisão pela oração quotidiana, depois pela participação na Santa Missa, pela confissão mensal, pelo testemunho e pelo participação na vida da paróquia. Uma vez, antes do Natal, a Gospa pediu a cada membro do grupo que fizesse uma boa acção. Eles foram ao encontro de pessoas idosas, visitaram os doentes e os inválidos, resolveram ajudar a reparar as casas das pessoas pobres e prepararam lenha para o Inverno, etc…
 
Sob o ponto de vista espiritual e em relação aos encontros de oração que tinham durante a semana, pediu-lhes, adicionalmente, que fizessem retiros espirituais de um dia ou mais e, também, que fossem até à natureza para aí fazerem exercícios espirituais.
 
Através das mensagens, é possível estabelecer algumas regras para os grupos de oração, inspirados por Medjugorje.
1. Renunciar a tudo e abandonar-se completamente a Deus, crendo firmemente que tudo o que acontece se transformará em bem;
2. É um apelo dirigido, principalmente, aos jovens: que participem em grupos de oração
3. Renunciar a todo o medo e a toda a angústia, porque o abandono a Deus não deixa nenhum lugar para o medo 
4. Amar os inimigos e afastar definitivamente do coração todo o ódio, amargura ou julgamento
5. Jejuar duas vezes por semana
6. Participar nas reuniões do grupo pelo menos uma vez por semana.
7. Decidir-se a rezar três horas por dia: rezar de manhã e à noite, participar na Missa, comungar, participar na Adoração e estender a oração ao trabalho.
8. Rezar pelos bispos e por todos os que detêm o poder na Igreja.
9. Comprometer-se a permanecer no grupo de oração durante quatro anos e aproveitar esse tempo, para amadurecer pessoalmente e, também, durante esse tempo, não tomar nenhuma decisão em relação à sua vida.
10. Cada grupo deve ser acompanhado por um sacerdote. 
 
A 25 de Abril de 1983, a Gospa deixou a seguinte mensagem a Jelena: “Diz aos meus filhos e às minhas filhas que o meu Coração arde por eles. Eu só peço a conversão, somente a conversão”. 
 

VIII.

 
Relativamente ao seu grupo de oração em Lima, no Perú, Cecília Battle de Zavala, escreve:
  • cada terça-feira, reúnem-se para rezar o Rosário, para a leitura das mensagens, o ensinamento, os testemunhos. O Padre Angelo Costa, o seu guia espiritual, vem uma vez por mês, para acompanhar o grupo. 
  • é composto por um grupo de mulheres, cujo número aumenta continuamente, que se dedica aos presos, reza com eles, leva livros, visita e ajuda as suas famílias.
  • um grupo vai, regularmente, aos hospitais para visitar os doentes, os mais abandonados, ajudando-os espiritual e materialmente.
  • um grupo vai aos lares de idosos, com o mesmo objectivo: ajudar material e espiritualmente
  • organizam retiros espirituais para as famílias e para os jovens
Durante o conflito entre o Peru e o Equador, organizaram uma grande “Campanha do Rosário” para os militares. Após terem informado todos os centros militares, receberam tocantes e numerosas cartas, da parte de oficiais e de soldados. (relatório apresentado no VI Encontros de Centros Marianos, Kraljice Mira, em Quito, no Equador, em Outubro de 1995).
 

IX.

Gostaria de concluir com uma mensagem da Gospa, a mensagem de 25 de Novembro de 1994: 
 
“Queridos filhos. Hoje, convido-vos a rezar. Estou convosco e amo-vos a todos. Sou Vossa Mãe e desejo que os vossos corações se assemelhem ao Meu Coração. Filhinhos, sem a oração não podem viver, nem dizer que são Meus. A oração é alegria. A oração é o que o coração humano deseja. Por isso, aproximem-se, queridos filhos, do Meu Coração Imaculado e descobrireis Deus. Obrigada por terem respondido ao Meu apelo”.
 
 
Pe.  Slavko Barbarić, ofm, 1996
O Padre Salvko Barbaric, ofm,  nasceu em 1946, em Dragicina (Cerin, Herzegovina). Foi Membro da Província Franciscana da Herzegovina. Estudou Teologia em Visoko, em Sarajevo e em Schwaz (Aústria) e foi ordenado padre em 1971. Em 1982, obteve o seu doutoramento em Pedagogia Religiosa. Posteriormente, esteve em Medjugorje, onde escreveu numerosos livros e artigos de espiritualidade. Trabalhou no Santuário, animando numerosos retiros, conferências e encontros sobre os acontecimentos de Medjuogrje, em muitos países do mundo.


P http://www.medjugorje.org.br/secao.php?menu=espiritualidade&registro=5
ublicado originalmente em:

Somente nosso Pai pode nos tornar santos

"Nosso Senhor permitiu que eu compreendesse que a única glória verdadeira é aquela que dura para sempre e que, para alcançá-la, não é necessário realizar grandes proezas. Antes, deveríamos esconder nossas boas obras dos olhos das outras pessoas e até de nós mesmos, para que a "mão esquerda não saiba o que faz a direita (Mt 6,3). Daquele momento em diante, tenho sentido uma confiança arrojada em que me tornarei santa. Não confio em meus próprios méritos, pois não os possuo. Confio Naquele que é a própria virtude e santidade. Somente Ele que, satisfeito com meus pobres esforços, me elevará  até sua presença e, cobrindo-me com suas virtudes, fará de mim uma santa.

 Somente nosso Pai pode nos tornar santos.


Extraído do livro : Entrega Absoluta baseada na vida e nos ensinamentos de Santa Terezinha - 30 dias com um grande mestre espiritual

Por que dia 7 de outubro é dia de Nossa Senhora do Santo Rosário?


O motivo é muito bonito. No século XVI, o Império Turco Otomano, muçulmano, em expansão, continuava a ameaçar a Europa Ocidental. E preparava-se para invadir a Europa e destruir o Cristianismo a partir da Grécia. O Sultão muçulmano já tinha prometido “dar de comer alfafa a seu cavalo sobre o altar da Basílica de São Pedro”.
Então, em legítima defesa, em situação pouco favorável, em maio de 1571, o Papa São Pio V (1566-1572) conseguiu, finalmente, celebrar a “Santa Liga”, aliança entre Espanha, Veneza e Malta, que ele consagrou na Basílica de São Pedro.
Uma frota se reuniu e foi confiada a Dom João da Áustria, irmão de Felipe II, rei católico  da Espanha. Para implorar a proteção de Deus para a frota de defesa da Europa cristã, São Pio V publicou um jubileu solene e ordenou o jejum e a oração pública do Rosário.
A batalha decisiva aconteceu no golfo de Lepanto, à saída do estreito de Corinto, no dia 7 de outubro de 1571. No combate enfrentaram-se 213 galeras espanholas e venezianas contra uns 300 navios turcos. Aproximadamente cem mil homens combateram em cada campo. A frota cristã alcançou uma vitória completa. Quase todas as galeras inimigas foram presas ou postas a pique. O almirante turco Ali Pacha foi vencido. Quinze mil cativos cristãos foram liberados dos muçulmanos. Somente um terço da frota turca conseguiu voltar, derrubando assim a lenda da invencibilidade da frota muçulmana. O perigo muçulmano estava afastado com a guerra de legítima defesa da Europa cristã. Nossa Senhora salvou a Igreja mais uma vez.
Na noite da batalha, o papa Pio V saiu bruscamente do seu escritório até a janela, onde parecia contemplar um espetáculo. Em seguida, voltou-se e disse aos cardeais que estavam com ele: “Vamos dar graças a Deus: nossa armada saiu vitoriosa!” Isto aconteceu no dia 7 de outubro, pouco antes das cinco horas da tarde, mas a notícia da vitória chegaria a Roma somente 19 dias mais tarde, em 26 de novembro, confirmando, assim, a revelação feita pelo Papa.
Após a batalha de Lepanto, São Pio V acrescentou às Ladainhas de Nossa Senhora uma invocação nova: “Auxílio dos cristãos, rogai por nós”, e ordenou a instituição da festa de Nossa Senhora das Vitórias que Gregório XIII (1572-1585) logo a seguir mandou celebrar com o nome de festa do Santo  Rosário, a cada primeiro domingo do mês de outubro em todas as igrejas. No seio do povo católico, a vitória de Lepanto contribuiu, desta forma, para o rápido desenvolvimento da devoção do Rosário.


terça-feira, 7 de outubro de 2014

A pobreza espiritual


As bem-aventuranças de Jesus nos apresentam o programa do Reino de Deus. São como as condições para a entrada nesse reino novo que Cristo inaugura já na terra. Sobretudo a primeira, a da pobreza, é muito decisiva para que a pessoa seja autenticamente cristã.

Felizes os pobres, os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus: não haverá entrada para nós no Reino de Deus se não formos pobres de espírito. Porque a pobreza é a primeira condição para ser acessível, permeável a Deus. Ela é o ponto de partida da vida cristã.

Sabemos que a pobreza de alma não é uma questão de dinheiro, mas de coração. O fato de que ter dinheiro não é em si uma virtude. Uma pessoa pode não ter nem um centavo, mas possuir uma atitude de rico. E outra pode ter muitos bens e possuir uma atitude de pobre.

A pobreza evangélica é uma atitude espiritual, e todos nós somos convidados a ela – e isso não tem nada a ver com os nossos bolsos.

Qual é, então, a atitude de pobreza espiritual?

O pobre está disposto a deixar-se questionar por Deus, sempre. Ele aceita abandonar suas posições, suas estruturas, seus princípios, tudo o que lhe é próprio. Felizes os que estão convencidos de que ninguém é dono de si mesmo e de que Deus pode nos pedir tudo.

Só o pobre sai de si mesmo e se coloca em caminho. É aquele que não se resigna a estar tranquilo e aceita ser "incomodado" pela palavra de Deus. Por isso, Abraão foi o primeiro pobre, o primeiro fiel à voz de Deus, quando Deus lhe pediu para sair da sua terra e ir à terra que Ele lhe mostraria (cf. Gn 12, 1).

Abraão escutou a Palavra de Deus, acreditou nela, abandonou seu país, o lugar cômodo onde vivia, deixou seus bens, seus hábitos, seu passado e se colocou em caminho. E partiu sem saber aonde ia (cf. Hb 11, 8) – sinal infalível de que estava no bom caminho, como afirmou São Gregório Nazianzeno, um dos Padres da Igreja.

O pobre tem consciência de que depende totalmente de Deus. Conhece sua limitação humana. No fundo, cada pessoa, mesmo sem saber, é um pobre.

E a pobreza material é bem-aventurada porque é o sinal visível de uma pobreza muito mais profunda e universal: nossa pobreza moral nossa fé miserável, nosso amor raquítico. Todos nós somos pobres diante de Deu, com nossa culpa, nossa miséria, nossa deficiência. Mas nem todos se reconhecem assim diante do Senhor.

Só aquele que conhece e reconhece sua fraqueza e pequenez diante de Deus consegue colocar toda a sua confiança nele, buscando sua proteção poderosa. Nesta atitude de pobreza espiritual, a pessoa se esvazia de si mesma. E porque está aberta e disponível para Deus, o Senhor pode agir em sua alma.

E quando achamos que já não temos necessidade de Deus, quando estamos satisfeitos conosco mesmos, com nossos conhecimentos, nossas práticas religiosas, com o fato de não querer mais nada, quando já não esperamos nada de Deus... então somos ricos.

Penso que não há pecado maior que o de não esperar nada de Deus. Porque, se não esperamos nada de Deus, é porque já não acreditamos nele, já não o amamos.

sources: Vivificat

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

|Uma história de Solidariedade



Dois homens, ambos muito doentes, ocupavam o mesmo quarto de hospital. Um dos dois homens podia permanecer sentado na cama por uma hora durante a tarde, como forma de melhorar a circulação. A sua cama era próxima da única janela do quarto. O outro homem precisava permanecer deitado. Os dois homens se conheceram e começaram a falar por uma hora. Falaram de suas mulheres e familiares, de suas casas, trabalhos, serviço militar e das viagens que haviam feito.

Cada tarde o homem que estava na cama próxima da janela podia se sentar e passava o tempo contando ao seu companheiro todas as coisas que podia ver do lado de fora, pela janela. O homem na outra cama começou a viver para aquelas poucas horas nas quais o seu mundo ficava mais bonito e vivo com todas as cores da vida, fora daquele quarto. A janela dava em um parque, com um delicioso lago, assim o descrevia o companheiro próximo à janela.

Os patos e cisnes brincavam na água enquanto as crianças faziam navegar seus barcos de brinquedo. Jovens amantes caminhavam abraçados entre flores coloridas, e tinha uma linda vista da cidade ao fundo. Enquanto o homem próximo da janela descrevia tudo aquilo nos mínimos detalhes, o homem do outro lado do quarto fechava os olhos e imaginava a cena. Em uma tarde quente o homem da janela descreveu um desfile que estava passando. Embora o outro homem não pudesse ouvir a banda, podia vê-la com os olhos da mente, da maneira como o homem da janela a descrevia. Passaram os dias e as semanas.

Em uma manhã a enfermeira do turno do dia levou a água para o banho dos dois e encontrou o homem que ficava próximo a janela morto. A enfermeira ficou muito triste e chamou outros do hospital para ajudá-la a levar o corpo. Pareceu apropriado para ela colocar o outro homem na cama próxima da janela. Após assegurar-se que o outro homem estava bem, ali próximo da janela, saiu do quarto. Lenta e dolorosamente o homem se apoiou nos cotovelos para ver, pela primeira vez, o mundo lá fora. Esforçou-se para olhar fora da janela perto da cama, vendo que na verdade estava de frente a um muro branco.

O homem perguntou à enfermeira o que poderia ter levado seu companheiro de quarto a descrever as coisas de maneira tão maravilhosa fora da janela. A enfermeira respondeu que o homem era cego e não podia nem ver o muro. “Talvez queria lhe dar coragem”, disse a enfermeira ao homem.

Epílogo: Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, mesmo apesar da nossa situação. Uma dor partilhada é dividida, mas a felicidade dividida é dobrada. Se você quer se sentir rico, conte as coisas que possui que o dinheiro não pode comprar. O hoje é um dom, por este motivo se chama presente.

A origem desta história é desconhecida.

sources: Aleteia

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Sinais dos tempos: o tornado em Brasília e uma mensagem de Nossa Senhora



Sabei que tornados funestos virão para o Brasil e os homens terão grandes perdas.


21.06.2005 Mensagem de Nossa Senhora, n° 2.538 Queridos filhos, Eu sou a vossa Mãe e sofro por aquilo que vos espera. Convertei-vos e assumi o vosso verdadeiro papel de cristãos. Sabei que tornados funestos virão para o Brasil e os homens terão grandes perdas. O erro causado por uma manipulação genética causará grande destruição e sofrimento para a humanidade. Rezai. Somente por meio da oração podeis seguir e servir fielmente o Meu filho Jesus. Esta é a mensagem que hoje vos transmito em nome da Santíssima Trindade. Obrigada por Me terdes permitido reunir-vos aqui por mais uma vez. Eu vos abençôo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Ficai em paz.

Visite: www.apelosurgentes.com.br
Curta: Associação Nossa Senhora de Anguera

7 respostas sobre o santo terço


É interessante constatar como cada vez mais pessoas rezam o terço, e não somente as católicas: também membros de outras confissões religiosas estão descobrindo a riqueza desta oração. E muitos devem sua conversão ao santo rosário.
 
No entanto, também existem os que não o rezam porque têm objeções. Então, aproveitando o mês de outubro, que é o mês dorosário, vale a pena responder a algumas dessas objeções:
 
1. O terço não está na Bíblia
 
Claro que está! Certamente, não como o conhecemos hoje, mas todas as orações do terço e os mistérios que meditamos têm sua origem na Bíblia. Não foi por acaso que o Papa João Paulo II chamou o terço de “compêndio do Evangelho”.
 
2. Onde a Bíblia diz que devemos rezar o terço?
 
A esta pergunta podemos responder com outra: onde a Bíblia diz que devemos fazer só o que a Bíblia diz? Desde sua origem, a comunidade cristã se guiou pela Sagrada Escritura, mas também pelos ensinamentos dos apóstolos (como pede a Bíblia).
 
E se você quer cumprir o que a Bíblia diz, lembre-se de que a Bíblia pede para meditar sobre a Palavra de Deus, orar e interceder uns pelos outros. E o terço é isso!
 
Não nos esqueçamos de que Maria disse que todas as gerações a chamariam de bem-aventurada. Como cumpre esta promessa deMaria quem não reza a Ela?
 
3. Maria foi uma mulher como todas, morreu e não ouve nossas orações
 
Consideremos estas 4 afirmações (irrefutáveis, dado que são bíblicas):
 
Maria foi escolhida por Deus para ser a Mãe do seu Filho. Isso a torna superior a todas as mulheres.
 
- No Antigo Testamento, vemos a grande importância dada à mãe de um rei e seu poder de interceder por alguém diante de seu filho.
 
- O Senhor, que nos mandou honrar nossa mãe, sem dúvida honrou a sua. Como? Libertando-a da corrupção do pecado e da morte.
 
- Jesus disse que Deus não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque todos vivem para Ele.
 
Estas afirmações permitem concluir que Maria, como Mãe do Filho de Deus, Mãe do Rei, está no céu, junto a Jesus, e Ele atende sua intercessão por nós.
 
4. O terço dá mais importância a Maria que a Jesus
 
Tudo no terço nos faz olhar para Jesus. Rezamos o Pai-Nosso, que Jesus nos ensinou. Nas Ave-Marias, nós o proclamamos “Bentito” e pedimos à sua Mãe que rogue por nós. Além disso, todos os mistérios estão relacionados à sua vida.
 
5. O terço é uma oração repetitiva, como as que Jesus condena
 
Jesus não condenou a repetitividade, mas o vazio das preces. Ele mesmo justificou um publicano que pedia perdão repetitivamente. Repetir as orações no terço equivale a repetir a alguém que você o ama, e não se cansa de dizer nem ouvir isso. A sequência de Ave-Marias acalma a alma e permite contemplar cada mistério.
 
6. É complicado rezar o terço
 
É fácil rezar o terço e é fácil aprender a rezá-lo. Há uma verdadeira abundância de folhetos explicativos e pessoas que boa vontade que podem lhe ensinar.
 
7. Rezar o terço é chato
 
Chato é rezar mecanicamente, pensando em outra coisa e esperando acabar logo. Se você aproveitar cada mistério para contemplar a cena e sobretudo para relacioná-la com o que você está vivendo, conversando sobre isso com Maria, então rezar oterço será fascinante, sempre atual, e você gostará mais dele, porque o renova constantemente.
 
(Artigo publicado originalmente por Desde la Fe)

sources: DESDE LA FE

São Francisco de Assis, o autor do Cântico do Irmão Sol, um dos santos mais amados pelo mundo inteiro, foi canonizado dois anos após a morte. Em 1939, Pio XII tributou um inteiro reconhecimento oficial ao “mais italiano dos santos e mais santo dos italianos”, proclamando-o padroeiro principal da Itália.
Ele nos deixou diversos ensinamentos, tanto por seu testemunho de vida, quanto por suas belas e ricas palavras, como podemos ler nos textos abaixo:

Da Carta a todos os fiéis, de São Francisco de Assis (Opuscula, edit. Quaracchi 1949,87-94)   
Devemos ser simples, humildes e puros
O Pai Altíssimo anunciou a vinda do céu do tão digno, tão santo e glorioso Verbo do Pai, através de seu santo, Gabriel, à santa e gloriosa Virgem Maria, em cujo seio recebeu a verdadeira carne de nossa humanidade e fragilidade. Ele quis, no entanto, sendo incomparavelmente mais rico, escolher a pobreza junto com a sua santíssima mãe. Nas vésperas de sua paixão, celebrou a Páscoa com os discípulos. Depois, orou ao Pai dizendo: Pai, se for possível, afaste-se de mim este cálice (Mt 26,39).
Pôs, contudo, sua vontade na vontade do Pai. E a vontade do Pai era que seu Filho bendito e glorioso, dado a nós e nascido para nós, se oferecesse em sacrifício e vítima no altar da cruz, pelo seu próprio sangue. Sacrifício não para si, por quem tudo foi feito, mas por nossos pecados, deixando-nos o exemplo para lhe seguirmos as pegadas (cf. 1Pd 2,21). E quer que todos nos salvemos por ele e o acolhamos com coração puro e corpo casto.
Ó como são felizes e benditos aqueles que amam o Senhor e fazem o que o mesmo Senhor diz no evangelho: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e ao próximo como a ti mesmo! (Lc 10,27). Amemos, portanto, a Deus e adoremo-lo com coração puro e mente pura porque, acima de tudo, disto está ele à procura e diz: Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade (Jo 4,23). É necessário que todos que o rito e em verdade (Jo 4,23). É necessário que todos que o adoram, o adorem no espírito da verdade. E dia e noite elevemos para ele louvores e orações, dizendo: Pai nosso que estás nos céus (Mt 6,9); porque é preciso orar sempre e não desfalecer (cf. Lc 18,1).
Além disto, produzamos dignos frutos de penitência (cf. Mt 3,8). E amemos os próximos como a nós mesmos. Tenhamos caridade e humildade e façamos esmolas, já que estas lavam as almas das nódoas dos pecados. Os homens perdem tudo o que deixam neste mundo. Levam consigo somente a paga da caridade e as esmolas que fizeram: delas receberão do Senhor o prêmio e a justa recompensa.
Não nos convém sermos sábios e prudentes segundo a carne, mas temos antes de ser simples, humildes e puros. Jamais desejemos ficar acima dos outros, mas prefiramos ser servos e submissos a toda criatura humana, por causa de Deus. Sobre todos os que assim agirem e perseverarem até o fim repousará o Espírito do Senhor e fará neles sua casa e mansão. Serão filhos do Pai celeste, pois fazem suas obras, e são esposos, irmãos e mães de nosso Senhor Jesus Cristo.
Da Regra não bulada, de São Francisco de Assis
Do modo de servir e de trabalhar
Os irmãos que forem capazes de trabalhar, trabalhem; e exerçam a profissão que aprenderam, enquanto não prejudicar o bem de sua alma e eles puderem exercê-la honestamente. Porquanto diz o profeta: Viverás do trabalho de tuas mãos: serás feliz e terás bem-estar (Sl 127,2); e o Apóstolo: Quem não quer trabalhar não como (2Ts 3,10). Cada qual permaneça naquele ofício e cargo para o qual foi chamado (1Cor 7,24). E como retribuição pelo trabalho podem aceitar todas as coisas de que precisam, exceto dinheiro. E, se for necessário ter as ferramentas necessárias ao seu ofício.
Todos os irmãos se esforcem seriamente em praticar boas obras, pois está escrito: “Vê se estás sempre empenhado em praticar alguma boa obra, para que o diabo te encontre ocupado”; e ainda: “A ociosidade é inimiga da alma”. Por isso os servos de Deus devem estar sempre entregues à oração ou a qualquer outra boa obra.
Cuidem os irmãos, onde quer que estejam, nos eremitérios ou em outros lugares, de não apropriar-se de qualquer lugar nem disputá-lo a outrem. E todo aquele que deles se acercar, seja amigo ou adversário, ladrão ou bandido, recebam-no com bondade. E onde quer que estejam os irmãos, e sempre que se encontrarem em algum lugar, devem respeitar-se e honrar-se espiritualmente e diligentemente uns aos outros, sem murmuração (1Pd 4,9). E guardem-se os irmãos de se mostrarem em seu exterior como tristes e sombrios hipócritas. Mas antes comportem-se como gente qu8e se alegra no Senhor, satisfeitos e amáveis, como convém.
(Escritos e Biografias de São Francisco de Assis, Ed. Vozes-CEFEPAL, Petrópolis 1982, p. 146-147)   
Trecho retirado do livro: No Coração da Igreja, de Prof. Felipe Aquino

Extrato do Tratado de devoção à SS Virgem - São Luis Maria Grignon de Monfort



 

 

Porei inimizades entre ti e a mulher, entre a tua descendência



e a d'Ela; Ela te esmagará a cabeça, e tu armarás



ciladas ao seu calcanhar” (Gn 3, 15).


52. Deus nunca estabeleceu e formou senão uma única inimizade,
mas esta irreconciliável, devendo durar e mesmo aumentar
até o fim. É a inimizade entre Maria, sua digna Mãe, e
o demônio; entre os filhos e servos da Santíssima Virgem e os
filhos e satélites de Lúcifer. Deste modo, o inimigo mais terrível
que Deus constituíu contra o demônio é Maria, sua Santa
Mãe. E Maria, ainda existindo apenas na mente de Deus,
foi por Ele dotada, desde o Paraíso Terrestre, de tanto ódio
contra este maldito inimigo, tanta diligência em descobrir a
malícia desta antiga serpente, tanta força para vencer, aniquilar
e esmagar este ímpio orgulhoso, que este a teme, não só
mais que a todos os anjos e homens, mas, num certo sentido,
 mais do que ao próprio Deus. Não é que a ira, o ódio e o
poder de Deus não sejam infinitamente superiores aos da
Santíssima Virgem, visto as perfeições d'Ela serem limitadas.
Mas é que:
Em primeiro lugar, Satanás, sendo orgulhoso, sofre
infinitamente mais em ser vencido e castigado por uma pequena
e humilde serva de Deus, e a humildade desta humilhao
mais que o poder divino.
Em segundo lugar, Deus conferiu a Maria um tão grande
poder sobre os demônios, que eles temem mais um único dos
Seus suspiros por alguma alma, que as orações de todos os
santos, e uma só das suas ameaças, mais que qualquer outro
tormento. Isto foram eles obrigados a confessar muitas vezes,
ainda que de má vontade, pela boca dos possessos.


53. O que Lúcifer perdeu por orgulho, ganhou-o Maria pela
sua humildade; o que Eva condenou e perdeu pela desobediência,
salvou-o Maria obedecendo. Eva, ao obedecer à serpente,
perdeu consigo todos os seus filhos e entregou-os ao
demônio. Maria, tendo sido perfeitamente fiel a Deus, salvou
juntamente consigo todos os Seus filhos e servos, e consagrou-
os à Divina Majestade (Santo Irineu).


54. Deus constituiu não somente uma inimizade, mas “inimizades”,
não apenas entre Maria e o demônio, mas também
entre a descendência da Virgem Santa e a de Satanás. Isto
quer dizer que Deus estabeleceu inimizades, antipatias e ódios
secretos entre os verdadeiros filhos e servos da Santíssima
Virgem e os filhos e escravos do demônio: eles não se amam,
nem têm qualquer correspondência interior uns com os outros.
Os filhos de Belial (Dt 13, 13), os escravos de Satanás,
os amigos do mundo (não há diferença), até hoje perseguiram
sempre, e perseguirão mais do que nunca, aqueles que pertencem
à Santíssima Virgem, como outrora Caim perseguiu
seu irmão Abel, e Esaú perseguiu Jacó, figuras dos réprobos e
dos predestinados. Mas a humilde Maria alcançará sempre a
vitória sobre este orgulhoso, e essa vitória será tão grande
que chegará a esborrachar-lhe a cabeça, onde reside o seu
orgulho. Ela descobrirá sempre a sua malícia de serpente, e
porá a descoberto as suas tramas infernais. Dissipará os seus
conselhos e protegerá, até o fim dos tempos, os Seus servos
fiéis contra aquelas garras cruéis.
Mas o poder de Maria sobre todos os demônios brilhará
particularmente nos últimos tempos, em que Satanás armará
ciladas contra o seu calcanhar, ou seja, contra os humildes
escravos e pobres filhos, que Ela suscitará para lhe fazer guerra.
Eles serão pequenos e pobres na opinião do mundo, humilhados
perante todos, calcados e perseguidos como o calcanhar
o é em relação aos outros membros do corpo. Mas, em
troca, serão ricos da graça de Deus, que Maria lhes distribuirá
abundantemente. Serão grandes e de elevada santidade diante
de Deus, e superiores a toda criatura pelo seu zelo ardente.
Estarão tão fortemente apoiados no socorro divino que esmagarão,
com a humildade de seu calcanhar e em união com
Maria, a cabeça do demônio, fazendo triunfar Jesus Cristo.